domingo, 13 de janeiro de 2013
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
31 DE DEZEMBRO DE 2012 – TERROR NO REVEION
Execrado pela cidade e pela família, nunca tive boas festas, a não ser as que me ofereceram a família Souza. Eles me abrigaram nas festas e nos seus corações por mais de 40 anos. Que Deus os abençoe.
Por causas das bombas tenho de estar em casa na hora do maldito bombardeio chinês. Por causa dos cães, por causa de Perdita, já apavorada no meu quarto e tenho medo de bombas. Mas tinha que ficar com os Souzas, minha família de alma. Até às 10 horas pelo menos.
Fotografei e filmei os que chegavam. Conceição, Cido, Sema, João, Nicinha, e Regina, Inez, e a linda Li, Kiko e Esposa e a querida Luiza e tantos outros. Eu esperava Nando, filho da Cô, vindo do Canadá. Ele não chegava, não chegava, meu Deus!
Às 11 horas, desisti de esperar. Fugí furtivo prara não incomodar ninguém. Nas ruas desertas nem ônibus, nem táxi. Só o medo pulando dentro de mim. Da Vila Coralina corri até a Baurucar. Nada de condução. Medo. Perto do Cemitério, os três nóias me cercam. Tres.Rasgam minha camisa. Outras pessoas surgem, fujo correndo.
Tenho que chegar em casa antes das bombas. Meu Deus! No centro da cidade, um inferno de zumbis, marginais, loucura. Ruas entulhas de lixo. Medo! Uma mulher horrenda e um corcundo esticam os braços para mim. Pavor! Corro avenida abaixo. Perto da Estação da NOB, fica a esplanada e os bandidos, e os nóis e o medo. Eu teria que atravessar ali.
No ponto de ônibus tem um rapaz alto. Ele me dá as horas (11:35). Extremamente gentil me fala pra esperar que vai passar um Ônibus. Esse moço caiu do céu. Jardim TV me deixa na Igreja São Benedito. Subo correndo 5 quarteirões. Chego em casa já com as malditas bombas. “Porque não enfiam no cú pra estourar lá dentro”
São 11:55hs. Perdita enfiada na estante de DVD. Presa pelo pescoço. Estou molhado de suor e sujo. Eu a retiro e ela pula sobre mim. Começa o grande estou dos infernos. Grito, xingo, esbravejo enlouquecido. Uma aterrorizante passagem de ano. A uma hora peço desculpa ao mundo. Sei que as coisas continuarão como sempre. Não existe Ano Novo, apenas uma esperança de paz que dói mais ainda.
RESENHA FINAL 28/12/2012
Aniversário 72 anos
Motorista da Emdurb fecha a porta na minha cara e o resto do dia foi assim
Dia 30 – Domingo
Vou à feira procurar promoções. A SUBURRA se agita com minha presença. Machos humanos de todas as cores, fregueses e vendedores me apulpam, me xingam, falam obscenidades. Enquanto os chacais ululam, eu caravana, passo.
Com certeza imaginam que estou fazendo e vivendo todas aquelas cois gostosas e proibidas que eles não podem fazer. EU POSSO, mas não estou fazendo.
Estou pensando em 2013 em começar a “dar”, muito de mim.
Feliz ano novo , macacada.
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