sexta-feira, 27 de abril de 2012

SALÃO GRENAT

SEXO 
Aos cinco anos Edinho lia a revista chamada X9.
Contos e novelas policiais tornaram-se comuns para o menino que, conheceu clássicos desse tipo de literatura onde o sexo era constante.
                                                                                                                                                                                                                 
Teve também ávido prazer com o mundo do cinema (que pela idade não podia frequentar) atravéz das revistas da mãe.
O menino foi instruido pelas revistas "A cigarra", "O Cruzerio", "Alteroza", "Carioca" e "Grande Hotel".

E facinou-se com as estrelas!
(Nunca entendeu como aprendeu a ler sozinho)
Por isso, aos seis anos foi colocado no primário.
As revistas policiais pertenciam ao parente adolecente que dormia na sala com ele e a outro irmão dele.
Edinho aprendeu a se masturbar com esse parente.
Acordava a noite e via o rapaz na punheta.
Começou também e virou grande punheteiro.
Aos doze, esse parente disse que se ele continuasse fazendo isso, irira ficar doente e ter gonorréia!
Então, ele pesquisou os livros da casa até descobrir o que era gonorréia.

Por isso, não parou de brincar com seu pipi....
Sempre sozinho, sem poder sair de casa, sentia-se amedrontado com os sons e movimentos das crianças na escola primária.
No recreio, escondia-se atráz da casa onde ficava a escola.
E derrepente, no mitório, um rapaz mostrou-lhe um pau enorme e peludo (algum desses molecões do quarto ano). Fugiu assustado e correu para casa. Ninguem conseguiu faze-lo voltar.
Só no ano seguinte, 1948.
E nunca esqueceu o sexo enorme que o outro balançava para ele. E ficou com fixação por membros enormes e peludos.


1950 - VILA DUTRA - CURUÇÁ -


Na vila ferroviária havia gente muito bonita, e homens morenos e peludos, como o seo José Eduardo morador da Rua Gal. Malam.
Grande, normalmente forte, ele tinha cabelos castanhos ondulados e grossas sombrancelhas, sobre grandes olhos cor de mel.

Voltando das aulas no Grupo Escolar Lourenço Filho, Edinho procurava lugar no trenzinho que levava os ferroviários para o almoço bem na frente do seo Eduardo (que nunca sequer olhou para ele).
O homem, entre 25 e 30 anos, era muito requisitado pelas mulheres locais para se preocupar com uma bichinha de 9 anos.
E o menino fremia de desejos ao ver os pêlos no peito do homem. Maravilhosos pêlos que subiam pela fresta da camisa até o pescoço.
Nos finais de semana haviam bailinhos nas casas do bairro.
Os pais de Edinho, grandes dançarinos, frequentavam esses bailes.
Os  moleques vizinhos comentavam as sacanagens que viam os casais fazendo. (o "sarro" era comum nessas reuniões, e as "traições" maritais também).
E falavam do seo José Eduardo encoxando as mulheres com quem dançava.
Fascinado, Edinho seguiu os moleques até a janela de um desses bailes.
E constatou a imagem inesquecível do seo José Eduardo "amassando" uma das vizinhas.
A realidade do grande volume estugado entre suas coxas grossas e calça apertada de brim, deixou o menino em êxtase.
E por várias noites ele dormiu se masturbando loucamente em fantasias mais loucas ainda com o pau enorme do Sr. José Eduardo.



1949 - PÓS GUERRA - VILA DUTRA - CURUÇÁ -


Edinho entra correndo em casa, apurado para urinar.
Abre a porta do banheiro e depara com sua mãe no banho, sob o chuveiro. BAQUE!
Numa fração de segundo, ela lhe parece um peixe, muito branco e esguio.
Os seios quase inocentes.
A pele jovem (30 anos) paraece de mármore.

Ele fecha a porta aterrado. Pecado e horror por ver a mãe pelada! (ela é uma santa para ele).
Tem oito anos e aos sete viu  o pai de cueca abaixada, catando sabe-se lá o que nos fartos pentelhos, e não se assustou, e nunca mais esqueceu.
Contudo, no caso da mãe, por muito tempo carregou o peso da "culpa" daquela porta aberta.

Nos anos 70, Esso escandaliza um atelier de arte ao desenhar a Virgem Maria com uma serpente enrolada no corpo. Atraz da imagem, de costas, uma mulher nua se agita.
Tudo lembra a Nossa Senhora de Fátima, santa que a mãe venerava.
(E passou a sonhar com cobras, serpentes enormes e locais obscuros)



quinta-feira, 26 de abril de 2012

SALÃO GRENAT

LEONARDO BRÍCIO !!!

Tenho profunda admiração por Brício. Leonardo Brício.
Eu o amo tanto quanto amei Marlon Brando desde criança.
Com êne Leo foi um encanto nascido na antiga TV Manchete.
Na primeira imagem, eu o vi em águas, rente as pedras.

Foi numa mini-série onde ele aparece junto a Maria Izabel de Lizandra. (Minha prima, fríso com orgulho sempre!).
Maior emoção foi encontra-lo pessoalmente.

Mesmo estando en crise forte da "coisa" que me ataca, fui correndo para ver o Brício.
Gravar a imagem de Leo!
Ter num clik meu a imagem adorada que carrego na mente e no coração.

O do grande e belo ator, modelo do qual eu gostaria, de ao menos me aproximar, e ser tão, tão Leonardo Brício.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

UM ESTRANHO NA ESCADARIA



Da janela com portal do meu quarto posso ver o templo em frente.
A grande escadaria com mais de 100 degraus rebrilha ao sol.
São 11:15h da manhã pós Páscoa.
Não tive ovos de chocolate, nem almoço com bacalhau, nem abraços.
Mesmo assim, fiquei sereno ao lado dos cães, e de Flores, meu primeiro tigre.

Ainda estou tranquilo, porque sei que ele, o estranho, não está lá.
Costuma chegar as três da tarde e as três da madrugada.
E me dá medo!
Até seu casacão azul me dá medo.

Então, tranquilo, posso esperar por Amarante, que há tanto tempo não retorna.
Foi nesse horário, numa manhã de sol, que partiu da última vez.
Foi quando juntos, cantamos e dançamos frenéticos mambos.

Os cães dormem tranquilos.
Yula e Audrey que já contam 119 anos estão calmas.
Já medicadas com Gardenol e Dorimax.
Quando o estranho está para chegar elas acordam com caras estranhas.
Fazem volteios e se atiram sobre as coisas.
E me mordem forte quando vou socorre-las. Então me vem uma grande raiva, um ódio assassino.
Logo penso: Tem uma coisa ruim lá fora.
Ele está lá. Na escadaria.
E procuro a calma, para não jogar esse jogo.
Só vendo:
Na sexta da paixão ele deu uma de satã.
Ao invéz do capote longo e azul, surgiu de casaco amarelo.
Foi precedido de forte ventania, pois precisa de grande efeito cênico.
Dessa vez, quase arrancou uma de minhas árvores queridas.

É quando os cães ficam agitados, ladram histéricos, pulam alto e as vezes se atracam.
Flores, o primeiro tigre, aparece com rugidos fortes (e sei que é em minha defesa).
Não sei para onde foram os outros tigres do jardim.
Flores porém, garantiu com suave ronronar que nunca me deixará.
Esperamos Amarante juntos.

Ontem a noite, após chorar muito de saudades, pareceu-me ver Honorina passar entre o quarto e a sala.
Nas mãos levava uma bandeja, onde o que pareceram-me ratos, guinchavam.
Não gostei.
Honorina traz sempre maus presságios.
Com seus peitos enormes balançando e seu cachimbo de louca ela tantalisa.
É uma Banshee.
Eu sei.
Mas sempre que ela surge, Amarante, também retorna, então...

São 11:15 da manhã e observo sentado na escada que desce de minha janela, o templo em frente.
Um certo receio.
Notei que o estranho cada vez aparece degrau mais abaixo na escadaria.
Está cada vez mais próximo e quase já posso distinguir suas feições.

O brilho fervente de seus olhos metálicos.
Medo!
- Amarante, venha. 
-Amarante, preciso de voce!!

DIA TAL - 3 DA MADRUGADA (PRESENTE, PASADO, FUTURO)

Senti haver qualquer coisa ruim lá fora.
Os cães pulam agitados pela casa.
Yula e Audrey, as velhinhas com lesão no cérebro, estão me olhando com caras humanas.
Aquelas expressões que me assutam.
Fazem volteios alucinadas, derrubam coisas.
As duas cegas da cozinha, Cristal e a filha Boneca, geralmente quietas ou dormindo, estão chorando baixinho, aflitas.
Então começou a ventania forte que parece arrombar janelas.

Como uma grande anaconda, o medo serpenteia no quintal.
Enorme, negro, luzidio!


Flores está hurrando furioso.
Diadorim, filha de minha Peggy se enrosca em minhas pernas amedrontada.
Sua mãe teve horrível fim num desses ataques dessa "coisa".

A grande serpente está tentando invadir a casa como fazem os zumbis que infestam as ruas.

Penso em Jesus, penso em Maria sua mãe minha madrinha, penso em Amarante.
Quero gritar por eles, mas estou mudo de pavor!

Trêmulo, tenho nos braços Diadorim, a filhotinha negra.
Ela treme. Como tremem os desamparados.
Mas ela conta comigo.
Eu conto com Amarante que não chega...

Tem alguem gritando, gritando.
E eu sei. Sou eu gritando!

Olho para o relógio. São três horas patrão!
A presença alienígena é muito forte.
Olho pela vidraça.
Tem um estranho na escadaria.
Não do templo, mas dos primeiros degruas que levam à janela do meu quarto....

EU SEI...
SOU EU!!
SOU EU GRITANDO...

GRITANDO, GRITANDO!!

sábado, 14 de abril de 2012

SALÃO GRENAT

NOTA - É ATERRADOR! -


Há gritos e gemidos pela casa que não são dos cães que cuido.
Sempre que estou nos afazeres, cimentando o quintal ou colando estrelas no passado, começam os gritos, os gemidos, os sussurros.
Sobressaltado, corro para ver as velhas cegas e as que possuem lesão no cérebro.
Audrey costuma gritar quando se enrosca em pernas de banco ou frestas de móveis.
Aconteceu agora.
Preparava a comida no quintal, e criava meu próximo conto (as déz da manhã escrevi num  átimo "ADOLFRIDES E AS PARCAS".
Então começaram os eventos paranormais.
O gemido alto veio de dentro, de onde se encontra o hospital da velhinhas.
Corro lá.
Todas dormem, inclusive Audrey.
Medo!


Preciso estar bem para colocar adendos no meu blog.
E tenho este grande amigo que me faz isso aos sábados.
E "a coisa" tenta impedir.
Tenho de estar bem então, sem dores, tonturas ou náuses.
Mas "a coisa" não quer que eu vá.
Que eu escreva, desenhe, ou conserte a casa.
E começa a encher meu saco de raiva e minha mente de medo.
Se voces vissem o fogo do fogareiro onde cozinho estendendo os braços para me pegar.
Ele lambeu meu dedo hoje.
Dói!

NOTA ELEGRE - PÃNICO - 
Soltas no quintal as gêmeas Nana e Rita destroem tudo numa alegria selavagem.
Diadorim, a pretinha, colabora. Com toda sua saúde e agitação.

AGRADECIMENTOS

Estou em alta criatividade depois de anos trancado no poço da neurose e do medo.
Trancado na cela de minha casa.

Foi Amanda Rocha do grupo Bonequinho quem jogou a corda para me içar do poço.
Anjo que me veio.
Em 15 dias de convívio, ela gravou comigo seu filme "O Homem cego de si".
Que está no  http://www.youtube.com/watch?v=AoBKvrJJdpI
Ela e o namorado Aran da loja Extinção criaram uma pequena obra pirma dentro do meu medo.

Nunca me interessei por eletrônicos. Internet, computadores, nada me atraia.
Amanda me mostrou este lado.
Obrigado.

Depois me contam que o professor Henrique Perazzi Aquino do http://www.mafuadohpa.blogspot.com.br/ veiculava imagens e textos sobre  mim.
Foi uma surpresa.
Dai também passei a criar no meu blog.
Obrigado.

Seu Benê da livraria Moriá, acertou-me tudo no blog.
E consumiu horas de seu tempo me registrando.
Eu não consigo digitar , nem o resto, por causa de meus sintomas.
Depois de meses, perdi Benê, que foi afastado de mim e de  minhas criações por parentes seu.
Obrigado.

Então, outros se ofereceram para fazer-me isso.
Mas o preço para tal era muito alto.

Eu preciso blogar para não ter enxaquecas violentas que me levam ao PA, onde médicos tipo Dr. Doril polemizam comigo e me aplicam Haldol ou remédios para derrame cerebral, quase me levando a óbito.

O amigo Tião, lá do alto do morro, também tem me dado grande força para inserir meus contos e descarregos no mundo da internet.
Obrigado querido.

E finalmente tem P. esse homem cabeça que além de digitar meus apanhados da lua, tb ilustra com imagens poéticas meus escritos.


E mais, entusiasmado corrige os textos com alguns erros gramáticais ou de atenção.
Ele sabe que os que não são devido a minha liberdade de linguagem poética e por não serem meus, me angustiam.

Enquanto não venço o terror por eletrônicos, faço um agradecimento a todas essas pessoas que nesta força doada, tornam-me mais leve a alma.

OBRIGADO!

terça-feira, 10 de abril de 2012

NÓIAS, FEZES, HOMOSSEXUALISMO, ARMAGEDOM.

Nós, homossexuais, somos certamente o último degrau na escala dos preconceitos.
Estamos abaixo de negros, judeus e nóias.
E somos barrados, ofendidos, espancados e assassinados por isso.
Nasci assim.
Sou!
Não pratico por ter nojo de homem e medo neurótico de doenças.

Os nóias porém, "fazem de tudo" e se vendem por tostões.
Vendem corpo e alma.



Agora, não deixa de ser deprimente essa "bicha-louca" do Cro, da novela "Fina estampa", espalhando seu horrento modo de ser via TV.
Deveria ser proibido.
Mas o público gosta e dá ibope.
É o pior tipo de viado da classe (que é muito variada), tipo pintosa, a ridícula imitação de fêmeas.


É o Armagedom.

Vejamos:
As fezes e restos de comida de meus cães são embalados nas sacolas e colocados na calçada em frente a minha casa.
O nóia vem, estraçalha a sacola e come a comida azeda com merda.
Não vou discutir isso.
Os vizinhos me acusam das sujeiras deles,.
Mais um motivo para hostilizar "o bicha".

No supermercado, onde sofri e sofro descriminação ha já uns 30 anos, vejo o nóia no bebedouro.
Fétido, imundo, desgrenhado, manuseando  e contaminando com suas várias doenças e infecções a água dos clientes.
Ai vem duas tenrras crianças beber e tocar onde o ser imundo infectou.

Então, falo educadamente com o fiscal e segurança que, grosseiro, diz que "gente como eu" não pode reclamar.
Que o povo vem beber de mãos sujas.
Que nóias tem direito de usar o bebedouro.
E que ele e os funcionários aceitam isso.

Bom, se ele e os funcionários aceitam beber água num lugar contaminado não é problema meu.
Mas e as crianças ainda com o sistema imunológico em formação?
E idosos com já a imunidade reduzida?

Isso é problema nosso!
E temos de acusar, reagir e tentar atenuar o horror desse final dos tempos.