quarta-feira, 27 de março de 2013

AS ESTRELAS E EU (CIDA SANTANA e ELÓY SIMÕES)

A RAINHA CIDA SANTANNA
1973 eu morava na Mooca com minhas tias Yayá e Ester. A favela de nordestinos ao lado ficou agitada com a chegada de uma loura espetacular num carro vermelho. Era Cida Santanna que veio me buscar a pedido do jornalista Antonio Carlos Meira. Para mim ser repórter redator do DB.


CIDA SANTANNA

CIDA SANTANNA

CIDA SANTANNA

CIDA SANTANNA
Cida como era comum na época, foi a grande e mais belas rainhas dos nossos carnavais. Nesse tempo, garotas da alta sociedade reinavam absolutas. No caminho já entrevistei a monumental loura. No centro da cidade encontramos meu Elóy Simões, famoso Dzzi Croquete cuja carreira eu acompanhava.
ELOY SIMÕES
Elóy e Cida foram minha primeira matéria no caderno de domingo. Página inteira assinado Esso Maciel. Isso deu encrenca por longos anos. Eu e o Meira fazíamos desfiles de estrelas. Da cidade e capitais. Cida posteriormente foi madrinha de uma exposição minha e de Gemile Diban no BTC. Empresária de peso, ela fez toda a produção da expo. E estrelou muitos carnavais e sucessos nas noites de baladas onde era estrela maior.

terça-feira, 26 de março de 2013

SALÃO GRENAT – 21/03/2013

Dr Stingel e o Beiral do Medo
A “coisa” atacou meu dente. Dr Stingel marca para as 18 e 30hs. Passei todo o dia atacado pela “coisa”. Atravessei a hora do demônio (cinco da tarde) e fui. Atravessei a cidade na hora da agonia (18hs). O povo alucinado. Chego na clinica em farrapos. Tombo. O amigo Stingel me ergue em sua calma e energia positiva. Fomos amigos em turma de jovens, curti com ele sua Banda Voodoo. Meu dentista há mais de 30 anos. Se ele se aposentar, mando arrancar todos meus dentes. Durante o tratamento minha mente vê um beiral estranho no dente. Me apavoro. Dr Stingel me acalma e me explica tecnicamente sobre este maldito beiral. Deixa meu dente como novo. Minha alma está tranqüila. E é assim que vou para casa. Os funcionários da Prefeitura sabem da sorte de ter Dr Stingel como seu dentista. Ele realmente tem vocação. Tanto é bom na sua profissão como em lidar conosco, seres humanos apavorados.
Obrigado, amigo doutor.

SEIOS
Sempre admirei os seis femininos naturais. Acho abominável essas bolotonas duras que as mulheres colocam no corpo a peso de ouro. Colocam na bunda também. E se tornam monstrengos nas imagens da mídia. 
Os primeiros seios que vi no cinema foi da atriz sueca Ulla Jakobson. Fui com minha mãe ver o filme aos 12 anos de idade. Foi no Cine Bandeirantes, censura 18 anos. Essa atriz ficou famosa no cinema americano até recentemente. Desde pequeno adorava a francesa Françoise Arnour que via na revista carioca em cenas do filme “Fúria dos desejos”. Os seios meio revelados, incríveis.
Aos 18 anos inaugurei os seios em filme proibido com a mexicana Ana Luiza Pellufo, inesquecível. A seguir, virei adorador dos seis de Gina Lolobrígida, Sofia Loren, Brigite Bardot, Gene Russell e Anita Ekiberg. Agora, atualmente, temos poucos para admirar com essa mania de mulheres monstros e homens depilados. Marlon Brando em cena de “Apocalipse Now” diria certamente “-O Horror! O horror!

sexta-feira, 22 de março de 2013

SALÃO GRENAT

CRIA DO MEDO
Edinho tem 6 anos. Carrega ainda efeitos da guerra medonha de Hitler. Carrega o medo do pai. O medo dos vizinhos. Divide a cama de solteiro com um dos parentes. A quentura do corpo encostado nele o incomoda. O parente tenta arrancar a calça do seu pijama. A batalha das noites. Reage, taca o pé na cara do parente que sossega. O quarto da mãe é ao lado, mas ele não pode pedir socorro.
EDINHO

EDINHO

EDINHO
De manhã, a mãe costura em sua máquina Singer. No calendário ao lado o parente anota ajuste de contas para o dia seguinte. Ali ao lado da mãe. Terror. No quarto de banhos, ele espera que seja apanhar de cinta, pelado e sem chorar ou lamber as fezes do parente. Mas o castigo é outro. O que ele mais teme. O parente enche um balde de água e manda que pegue os dois garnisés (um casal) brancos, angelicais que ele tanto ama. Ele chora e implora piedade ao parente. Negativo. Ele tem que enfiar as avezinhas na água e ficar segurando no fundo do balde. Aí o parente  puxa tudo para fora. Exausto Edinho tomba no chão, mas não cede ao parente, que nunca conseguiu seu intento sexual.

AS ESTRELAS E EU (MARIA DELLACOSTA)

MARIA DELLACOSTA
Já era fã de Maria desde menino por seus filmes na década de 40. Maravilhosa. Quando fez MarylIn Monroe na Depois da Queda, viajei para vê-la. Posteriormente exultante entrevistei-a na comédia A Mala. Ela atuava ao lado de Leonardo Villar, não menos famoso e um gatão sarado que nem lembro quem era.  Eua só via Maria Dellacosta, minha deusa, que brilhava em Paris e pelo mundo (peço perdão ao Leonardo Villar, mas sei que ele entenderia meu lado).


Saindo de carona de Paraty com meus amigos, na entrada da cidade vi Maria e seu marido Sandro Poloni (eles tem o hotel Buxixo, famoso). Acenei pra ela que me acenou de volta. Não me iludo em pensar que tenha me reconhecido. Maria Dellacosta é uma pessoa super gentil e educada, além de grande atriz, uma dama perfeita. E nunca mais a vi.


DE COMO SER MALDITO

(COM AS ESTRELAS)
E APARECEU MARILIA PERA
No final da década de 70 Marilia Pera fazia enorme sucesso em “Apareceu a Margarida”. Fui entrevistá-la em seu hotel. Ela me atendeu pelo interfone. Fiz a matéria assim mesmo. À noite, ela colocou em cena um rapaz louro, peludo, belíssimo. Nú inteiro. Ele segurava uma grande imagem de Jesus. Um empresário figuração da cidade (meio parente dos meus parentes), tomou-se de fúria cívica e religiosa. Num pulo subiu no palco e arrancou o Cristo do rapaz aos gritos. Foi um pampeiro. Marilia Pera berrava, o empresário berrava, o povo gritava. Eu e o jornalista Sérgio Lhamas clamávamos a favor da atriz e da cultura.

Na redação, conto o incidente e falo de como muita gente queria ver o moço pelado de perto e de frente. Isso possivelmente acarretou o início do fim da minha carreira no jornal.  Fatos estranhos começaram a ocorrer. Minhas matérias sumiam. Do JC veio um tal de Escobar (agora morto) como diretor editorial. Tinha especial aversão por mim. Minhas matérias apareceram enfurnadas em suas gavetas. Isso tudo até minha expulsão e demissão do jornal envolvido numa trama maldita onde até de ser assassino fui acusado.  

segunda-feira, 18 de março de 2013

FACES DO MEDO

O ABISMO – 13/03/2013
Minha síndrome causa dor e mal estar geral terríveis. Sobressaltam em sons e movimentos fortes e também a sensação térmica das 15 às 20 horas e ainda forçar a vista durante o dia: Crises.

Estando melhor decido ir à reunião terapêutica. No ônibus o motorista mirrado, feio começa falar gritando a viagem toda. Marteladas na minha cabeça. Chego na reunião alterado. No depoimento de 10 minutos encaro os companheiros. Descarrego minha revolta. Falo que sou elitista e escolho 3 ou 4 pessoas para ter amizade. Que desprezo 80% dos seres humanos por sua violência, egoísmo, mediocridade, ignorância. Isso independente de status social ou monetário. Os companheiros me encaram. Explico não ser melhor, mas superior ao messaber quase ninguém, insignificante. Encarei o abismo e o abismo me encarou de volta.

Em casa passo mal. A síndrome me leva ao Pronto Atendimento. Não é bom encarar o abismo.

BRINQUEDO PROIBIDO
Desde menino queria ver o filme de René Clement. Durante a guerra pessoas correm do bombadeio. A menina (Brigith Fossey) carrega m cachorrinho cheia de amor. Ele foge para a ponte. Ele corre atrás. São metralhados. Os pais morrem. O cachorrinho tombado estremesse as pernas. Pensei: deram drogas para fazer a cena. Outra mulher retira o cachorro da menina e joga no rio. Aí entrei em parafuso. Maldito diretor que arda nas chamas do inferno! Que tenham varizes no cú todos os cineastas malditos que sacrificam animais em nome da cultura.

Em filmagens na Sinagoga do Zé do Caixão peguei e fugi com um gatinho que ia ser devorado vivo num ritual satânico. As pessoas devoraram cobras em conserva. Os descendentes do gatinho devem existir ainda, 50 anos depois.

Acompanhei a carreira de Brigith Fossey até recentemente, bela e talentosa. E me pergunto se a menininha de 5 anos que foi não sofreu ao fazer a cena com o lindo cachorrinho morto. Por isso, me apeguei à essa atriz por todos esses anos.

segunda-feira, 11 de março de 2013

AS ESTRELAS E EU (MARCELO PICCHI)

MARCELO PICCHI
Conheci Marcelo Picchi quando ele fazia um texto com Vanda Cosmo. Eu acabara de fazer “Fedra” tragédia grega e com a primeira atriz Marilda Liz viajamos para São Paulo. Amigos do diretor da peça encontramos Vanda e Marcelo namorados. Ele era assunto em todos os pontos de badalação de São Paulo. Por causa da beleza e do pau enorme, aparecia nu em cena. Passamos a noite em casa noturnas e sopa no CEASA. Eu tinha medo de Vanda. Fiquei amigo de Marcelo.

Ele morava então no COPAM com uma amiga atriz. Foi lá que cozinhou para mim, só de cuequinha. O homem mais cobiçado de São Paulo ali comigo. Contente com sua presença, nem pensei em sexo. Eu era virgem, virgem, virgem. Na parede um desenho em tamanho natural que o famoso Darcy Penteado deu pra ele.

Ele foi ficando cada vez mais famoso, foi para a Globo. Trabalhou com minha prima Maria Izabel de Lizandra. Fez vários filmes. Quando fez “Greta Garbo, quem diria acabou no Irajá”, nos encontramos de novo. Ele atuava com Raul Cortez e Jandira Martini (era uma loira linda e gostosa). Adorei Raul Cortez. Por algumas horas fomos amigos. 

Casou com a Savalla. E sumiu dos palcos e telas. Fui vê-lo de novo na revista “G”. Ainda belo exibindo o cetro enorme e bonito. Não sei o que aconteceu mais. Mas guardo orgulhoso ter tido  conhecimento com alguém tão belo e talentoso.

sábado, 9 de março de 2013

AS ESTRELAS E EU (BERTA ZEMEL)

BERTA ZEMEL
Na década de 60, levei minha mãe para ver “Manhãs de Sol” no teatro SESI em S. Paulo. A atriz era Berta Zemel. Maravilhosa como adololescente, logo mulher amargurada. Depois imos “O Diário de Annie Sullivan”, onde ela era a professora Dielen Keller. Eu assistia a tudo que Berta fizesse. Na TV Tupi ela detonava sucessos com Vitória Bonelli. Éramos Seis também. Ela nunca quis ser grande estrela porque era e se sabia grande atriz. No mesmo nível de Fernanda Montenegro e Cacilda Becker ela contentava em ser a melhor no que fazia. A mídia não lhe dava muito acesso. Nem ela procurava a mídia. A gente conversava após os espetáculos. Eu sabia da pessoa incrível que Berta era. Uns 10 anos depois ela fez  “A Vinda do Messias” no BTC. Fui vê-la e fiquei maravilhado ao ver que se lembrava de mim

Recentemente recebe um grande prêmio como uma das melhores do ano. Estamos velhinhos e continuo sendo o fã nº 1 de Berta Zemel.
Berta querida, me envie foto autografada