terça-feira, 31 de janeiro de 2012

SALÃO GRENAT - 30/01/2012

Tia Narda (Céu dos Pequeninos).
Tia Narda, como eu a chamava e sentia, na realidade era parente mesmo de Marilia Gião. Mara, como é chamada é primeira grande amiga e dileta sobrinha dessa senhora. Em comum com ela existe nosso profundo amos pelos pequenos filhos de Deus. Até os 83 anos essa mulher cuidou de centenas e centenas de felinos. E outros bichinhos. Dia e noite alimentando, medicando e amparando os filhotinhos que as pessoas jogavam no seu quintal.
TIA NARDA E SEUS FILHINHOS

  Lembro bem de preciosas tardes de domingo em que se podia quase ser feliz. Junto com Mara, adentrávamos a casa ensolarada onde os bichinhos dormitavam ou brincavam pelas salas, varanda e quintal. Uma festa!! Depois, às cinco horas da tarde, Tia Narda preparava um lanche pra gente, com bolos e doces que fazia. Então era Natal ! A presença do Cristo era forte ali em meio aos gatinhos que subiam na mesa, na gente, uma alegria quase alienígena, onde a gente também esquecia as mazelas e amores doídos. Alí não havia solidão. Apenas um perfume carinhoso vindo das plantas, dos bichinhos contentes, do viver.
A DOÇURA DE LEONARDA GIÃO

  Acabou. A deusa mãe reclamou a volta da sua guardadora. Ela também foi uma guardadora, com uma casa abrigo onde a dor era aliviada. E aí começou o processo porque passam todos os sobreviventes. Terror maior de Tia Narda era de como ficariam seus protegidos sem ela. No domingo, 29, de repente meus cães ladram e julguei ver Tia Narda sentada nos degraus da sala. Alucinação? Então eu soube. Há dias internada ela escapou da dor.

  Às quatro da tarde, Mara me liga e avisa do enfausto. Essa alma bondosa voltou para a força Deus. À nos sobreviventes e à Marilia Gião que a cuidou sempre desvelada, resta um consolo. Da oração, e de saber que nossa querida tia já está no céu dos cachorros e dos gatos, trabalhando, cuidando, doando a energia boa do seu imenso coração.

  Nota.
Fica a preocupação com treze dos seus protegidos que correm o risco de ir para o Centro de Zoonoses e para o sacrifício cruel. Quem puder ajudar a salvá-los, em nome de Jesus, ligue para (14) 32030231 ou 32234585.

sábado, 21 de janeiro de 2012

NOTA

21/01/2012
Janus


Marildo me encontra na porta do sábado. Ele é doutrinador e orador dos bons, da Casa de Oração. Efuzivo quer saber porque desaparecí. Falei que não volto mais. Uma pena porque Marildo foi o único elemento masculino da Casa que permiti aproximação. Fiquei como amigo. Falo para sua cara espantada que cansei de 40 anos de rejeição no meio da doutrina. Me afastei do meio doutrinário. Das pessoas tão maravilhosas (algumas são mesmo). Não me afastei das idéias doutrinárias que trago na mente e no coração. Não me julgo digno de conviver com seres de luz encarnados tão deslumbrantemente arrogantes. Na realidade, compartilham comigo a mesma miserável condição humana.


A força mítica desse ídolo pagão ferve dentro de todos nós. Somos todos dualistas. O bem e o mal dentro da gente. Só as opções nos salvam. Estou preocupado comigo porque conto tudo de mim. Torno-me polêmico por não esconder nada. Na maior parte do que exponho sobre mim ou sobre os horrores do planeta está veiculado na TV o dia inteiro. Está nos jornais, nos livros e nas revistas. Quando falo, viram bostas contra mim, porque estou acessível. Soi o "boi de piranha".


As faces de deus pagão abarcam a condição humana que não tem forças para reagir. Eu reajo. E Janus me castiga através das mentes, palavras, atitudes dos humanóides enfraquecidos pelo deslumbre do querer ter, querer se afirmar em busca do gozo.
E a testosterona reforça tudo isso. 

Adendo:
Invazaão de ratazanas esta semana. Do esgoto, da casa abandonada, do vizinho. Perdita matou cinco. Já está medicada com vacinas. Medo, medo. O ataque demoniaco de ratões foi só em minha casa. Já desratizei. Ficou contudo o medo. MEDO!!!!!!

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

SALÃO GRENAT - 10/01/2012

As mãos do seu B.... escavam a mente de Esso
O Ciriaco

1 - Marina
Pânico! Estou em pãnico, Marina. Socorro, Marina! Então procuro a Loja M......
Procuro as mãos do seu B... que escavam o poço da minha vida.
Marina e seu B... são duas faces da mesma moeda. Marina é a excessão do Prontocor/ Beneplan.
Marina tentou me salvar e eu procuro seu B... quando a angustia me domina. As mãos de seu B... trazem pra mim o mundo das estrelas, o mundo Marilyn e Doroty Lamour. O mundo que apesar de nunca ter existido preencheu os meus dias de deslumbramentos. É isso que B... emparelhando-se com Marina na minha mente me traz a busca da realidade e o colorido lindo da ilusão.

2 - O ataque do Ciriaco
Já falei sobre o complexo de porteiro, onde almas pequenas tentam exercer grande poder através de pequenas funções. Afastei-me da Casa de Oração JMJ apos 25 anos tentando ser aceito para ficar no meu canto, quieto, ouvindo os mentores. Não fui aceito. Cansei de tanta discriminação vindas de pessoas que por ter pouca corrupção se julgam a própria luz. Sinto falta dos passes benéficos de Dona Dalva, da amizade suave e alegre de Dona Mirces, da suavidade do "Passarinho", da educação serena de Luciana. Sinto falta também do antigo sorriso de Izildinha. E de alguns que já partiram.

3 - Cio
Vivo o inferno do cio desde o Natal. Maninha, Manacá, Rita, Diadorin, todas fervendo nas mãos do dragão. Bubú, o macho velho, ladra enlouquecido sem parar. BomBom, o macho jovem, (que matou a PEG) quebra tudo, rebelde, acintoso, a própria imagem do macho terreano, que faz qualquer coisa por uma "gozada". A casa está enlouquecida. Eu também. Juntam os sintomas do toque mais a ânsia de salvar minhas crianças. Dói tudo, a dor atrai satanáz, então preciso procurar Kardec, a parte ideal do mundo espiritual. Que pode existir e me alivia. E vou ao Amor e Caridade. Foi lá que fiz a Mocidade Espírita. Até ser praticamente expulso. Estava indo por causa da doutrinação espírita do meu grande amigo Sidney Francez Fernandes. O talento oratório se une à educada maneira de se exprimir e também a amizade nossa que perdurou desde os idos de 60 até hoje, apesar do que se diz.  Ele me sabe. Vê minha terrível inocência. Adentrando com outras pessoas, fui barrado por um segurança do local (3ª vez que isso acontece). Possivelmente mandado por um líder da casa. O rapaz não me largava do pé, mesmo eu falando que procurava Deus. Entrei e passei mal. Começa a tempestade e eu entro em parafuso e fujo dalí também. Seria o toc?

4 - Ciriaco
Com 5 anos de idade, Edinho está no Pantanal, cercado de coqueiros, mangueiras e o roseiral de Yayá, uma vida quase selvagem. Uma vida feliz. As tias Yayá e Estela me dão o melhor do mundo, carinho, educação, olhos pra ver o que havia de belo neste mundo. Edinho é o xodó delas. Ele desenha as estrelas da época, os ídolos do cinema em papeis de pão, cercados pelas crianças da região. Alegria entre pássaros e lagartixas. E muitas rosas. Um dia, Edinho abriu o portão e foi ler um gibí na rua em frente. Passa um homem moreno, uma mistura de negro e índio, terno e chapéu pretos, a cara bixigosa. Pára e fala de como o menino é bonitinho. E fala que tem um monte de gibis na casa dele. Edinho se interessa mas não quer ir com o homem por causa da hora do almoço. O homem lhe diz para ir depois, indica a rua em frente e o local a seguir. Iria lhe dar muitos gibis e revistas de artistas de cinema. Após o almoço, sem falar pras tias, Edinho segue a trilha no meio da mata. Anda, anda. Na bifurcação de caminhos descrita pelo homem, à esquerda está a grande casarão estilo vitoriano aos fundos. À frente grande jardim e enormes portões de ferro. Edinho já está meio receoso. O ar está parado e os pássaros mudos. Ele bate no portão chamando...Moço!....Moço! Das portas da casa avnçam dois enormes cães negros. Edinho pendurado que estava cai ao chão. E grita. Uma voz de mulher ordena aos cães que se afastam. E surge uma senhora de uns 50 anos. Trajes antigos, como das governantas inglesas, touca na cabeça, de olhos muito azuis. Menininho, diz ela. Corre, corre daqui. O homem é mau, foge dele, foge. Edinho levanta num salto e corre de volta para casa. Na rua encontra Yayá que o procura. Abraçado à ela chora, chora. Está salvo.

5 - Em Matogrosso, corre a lenda do Ciriaco, que rouba crianças e os esconde na mata. Crescem enlouquecidos no meio da floresta. Na cidade de Aquidauana, onde estávamos, o povo vivia amedontrado com o tal de Ciriaco, Serial Killer que matava crianças. Estremecendo, o meni lembra quando o homem de preto disse seu nome -"Ciriaco"!

Nota:
Recentemente pessoas de Aquidauana que moravam para aqueles lados, contam que no lugar onde encontrei o tal casarão, não tinha casarão algum. Lá era o cemitério.




sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

SALÃO GRENAT - 06/01/2012

Taí o Ano Novo

 Depois da maravilhosa noite de Nata com minha querida Familia Souza, caio de cabeça e de bunda no pesadelo do "Reveillon Chines". Um tormento no meu quintal. Apavorando meus bichinhos e a mim. Quem inventou a pólvora deia estar com problema de assento também. Ou seja, fogo no "cú" querendo extrapolar. E haja saco e coração para aguentar tanto bombardeio de origem intrassexual. Taí. Eu disse que não existe Ano Novo. É invenção do macho terreano por motivos políticos, monetários, sociais e quejandos. O motivo sempre foi interesseiro. Domínio das massas. Tentar esconder a fragilidade e miséria da condição humana.

Tá tudo na mesma

Corrupção, maldade, violência, mediocridade, elementos naturais da alma pequena terreana, da cabeça mentecapta e daí vem: massacres, estupros, abusos de crianças, de velhinhos, de mulheres e outras frágeis criaturas. O escorpião para se afirmar precisa ferrotear e inocular seu veneno. É natureza dele. Infelizmente, eu sou um desses bichos nojentos, peçonhentos, assutadores. Mas tento sobrevoar com minha parte de anjo, que todos nós temos.
Pena que de cima vemos melhor esse mar de merda, maldade, corrupção.
Vamos orar pra ver se o Deus de cada um consegue melhorar essa criatura malditamente terráquea.
Que Deus nos ajude.

DE TUDO QUE VOS FALEI, VIDE A MIDIA