terça-feira, 10 de janeiro de 2012

SALÃO GRENAT - 10/01/2012

As mãos do seu B.... escavam a mente de Esso
O Ciriaco

1 - Marina
Pânico! Estou em pãnico, Marina. Socorro, Marina! Então procuro a Loja M......
Procuro as mãos do seu B... que escavam o poço da minha vida.
Marina e seu B... são duas faces da mesma moeda. Marina é a excessão do Prontocor/ Beneplan.
Marina tentou me salvar e eu procuro seu B... quando a angustia me domina. As mãos de seu B... trazem pra mim o mundo das estrelas, o mundo Marilyn e Doroty Lamour. O mundo que apesar de nunca ter existido preencheu os meus dias de deslumbramentos. É isso que B... emparelhando-se com Marina na minha mente me traz a busca da realidade e o colorido lindo da ilusão.

2 - O ataque do Ciriaco
Já falei sobre o complexo de porteiro, onde almas pequenas tentam exercer grande poder através de pequenas funções. Afastei-me da Casa de Oração JMJ apos 25 anos tentando ser aceito para ficar no meu canto, quieto, ouvindo os mentores. Não fui aceito. Cansei de tanta discriminação vindas de pessoas que por ter pouca corrupção se julgam a própria luz. Sinto falta dos passes benéficos de Dona Dalva, da amizade suave e alegre de Dona Mirces, da suavidade do "Passarinho", da educação serena de Luciana. Sinto falta também do antigo sorriso de Izildinha. E de alguns que já partiram.

3 - Cio
Vivo o inferno do cio desde o Natal. Maninha, Manacá, Rita, Diadorin, todas fervendo nas mãos do dragão. Bubú, o macho velho, ladra enlouquecido sem parar. BomBom, o macho jovem, (que matou a PEG) quebra tudo, rebelde, acintoso, a própria imagem do macho terreano, que faz qualquer coisa por uma "gozada". A casa está enlouquecida. Eu também. Juntam os sintomas do toque mais a ânsia de salvar minhas crianças. Dói tudo, a dor atrai satanáz, então preciso procurar Kardec, a parte ideal do mundo espiritual. Que pode existir e me alivia. E vou ao Amor e Caridade. Foi lá que fiz a Mocidade Espírita. Até ser praticamente expulso. Estava indo por causa da doutrinação espírita do meu grande amigo Sidney Francez Fernandes. O talento oratório se une à educada maneira de se exprimir e também a amizade nossa que perdurou desde os idos de 60 até hoje, apesar do que se diz.  Ele me sabe. Vê minha terrível inocência. Adentrando com outras pessoas, fui barrado por um segurança do local (3ª vez que isso acontece). Possivelmente mandado por um líder da casa. O rapaz não me largava do pé, mesmo eu falando que procurava Deus. Entrei e passei mal. Começa a tempestade e eu entro em parafuso e fujo dalí também. Seria o toc?

4 - Ciriaco
Com 5 anos de idade, Edinho está no Pantanal, cercado de coqueiros, mangueiras e o roseiral de Yayá, uma vida quase selvagem. Uma vida feliz. As tias Yayá e Estela me dão o melhor do mundo, carinho, educação, olhos pra ver o que havia de belo neste mundo. Edinho é o xodó delas. Ele desenha as estrelas da época, os ídolos do cinema em papeis de pão, cercados pelas crianças da região. Alegria entre pássaros e lagartixas. E muitas rosas. Um dia, Edinho abriu o portão e foi ler um gibí na rua em frente. Passa um homem moreno, uma mistura de negro e índio, terno e chapéu pretos, a cara bixigosa. Pára e fala de como o menino é bonitinho. E fala que tem um monte de gibis na casa dele. Edinho se interessa mas não quer ir com o homem por causa da hora do almoço. O homem lhe diz para ir depois, indica a rua em frente e o local a seguir. Iria lhe dar muitos gibis e revistas de artistas de cinema. Após o almoço, sem falar pras tias, Edinho segue a trilha no meio da mata. Anda, anda. Na bifurcação de caminhos descrita pelo homem, à esquerda está a grande casarão estilo vitoriano aos fundos. À frente grande jardim e enormes portões de ferro. Edinho já está meio receoso. O ar está parado e os pássaros mudos. Ele bate no portão chamando...Moço!....Moço! Das portas da casa avnçam dois enormes cães negros. Edinho pendurado que estava cai ao chão. E grita. Uma voz de mulher ordena aos cães que se afastam. E surge uma senhora de uns 50 anos. Trajes antigos, como das governantas inglesas, touca na cabeça, de olhos muito azuis. Menininho, diz ela. Corre, corre daqui. O homem é mau, foge dele, foge. Edinho levanta num salto e corre de volta para casa. Na rua encontra Yayá que o procura. Abraçado à ela chora, chora. Está salvo.

5 - Em Matogrosso, corre a lenda do Ciriaco, que rouba crianças e os esconde na mata. Crescem enlouquecidos no meio da floresta. Na cidade de Aquidauana, onde estávamos, o povo vivia amedontrado com o tal de Ciriaco, Serial Killer que matava crianças. Estremecendo, o meni lembra quando o homem de preto disse seu nome -"Ciriaco"!

Nota:
Recentemente pessoas de Aquidauana que moravam para aqueles lados, contam que no lugar onde encontrei o tal casarão, não tinha casarão algum. Lá era o cemitério.




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