quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

26/02/2013 - COMO SER MALDITO

O FILHO DE NETÉLIA
O filho de Netélia agrediu-me de novo na rua. Me persegue há mais de 30 anos dizendo que é meu filho. Quer minha casa, quer dinheiro, quer me abraçar. Que nojo. É um aleijado “AD”, bêbado, drogado, feio, asqueroso.

A família de Netélia toda tem esquizofrenia congênita. Dos 20 aos 30 anos enlouquecem. Uma das irmãs e um irmão mais velho dela foram conhecidos na cidade. Eles agrediam as pessoas com paus e galhos. Nunca tive contato com eles, nunca nem falei com ela.

Tenho orgulho de minha condição sexual. Nasci homossexual andrógeno passivo. Irrita-me acusarem de situações “éteras”. Jamais toquei numa mulher, nunca vi uma vagina de perto. Gosto mesmo é de um belo macho peludo. Infelizmente isso é sinal de muita testosterona. Isso os faz na maioria tão homossexual como eu. Que pena!

Vizinho à casa de Netélia moravam parentes meus que debochavam e lhe falavam que eu era seu namorado. O parente macho era conhecido na região por “pegar” mulheres “AD”. Bem, a moça louca desde menina era “pega” pelos homens da rua. Foi encontrada amarrada pelada em cabanas na beira do rio Batalha. Ela acabou grávida. Os “ADs” enlouquecidos cercavam minha casa com paus e facões para lavar a honra.

Eu, jovem, bonito, com 17 anos, popular, não me preocupava com isso. Fui chamado na Delegacia. A parentela de Netélia cantava hinos na sala. “Deus mandou o moço turco”. O Delegado ao me ver (eu era uma gracinha) me olhou, riu, Você é o pai!!!!!!!!??????. Ri também. Ele dispensou todo o “coral”.

E NUNCA MAIS ME DERAM SOSSEGO.  

Um dos irmãos, na faixa dos trinta anos, me perseguia. Queria que eu “desse” pra ele para me livrar do caso da irmã. Ele foi afastado da corporação por loucura. Os outros parentes continuaram me xingando e falando em lavar honra.

Fizeram festa de noivado e depois de casamento. Até porco mataram. Os convidados perguntavam pelo noivo. Gritavam “Deus vai mandar, Deus vai Mandar”. O nenê nasceu, cresceu e enlouqueceu.

E 50 anos depois ainda sofro perseguição por causa disso. O filho de Netélia espalha nos bares e pelo bairro que sou pai dele.
Que merda!
Nem que ela fosse ma linda mulher. Mais parece um bicho sarnento. Tenho pena sim. Mas meu saco está cheio por uma estória da qual não participei, só ouvia falar. Pessoas me hostilizam por causa disto, aumento a maldição sobre mim. Pensei em fazer DNA como me indicaram.

Possivelmente o filho de Netélia não vai querer comprovar a verdade. Vive do status e da ilusão de falar que é meu filho.
Um “porém” me preocupa. Enfurecido várias vezes me ameaçou de morte nas ruas.  

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

MABROUKA e o SONHO

24/02/2013

" O deserto fica lindo
ao luar, meu principe".

Assim diz a moça de areia
ao visitante noturno.

"De bela luz ardente ao sol"

Ela diz:

"O deserto se torna mágico
quando a lua tinge as dunas
de prata e sonhos".




 

"Então voce vem, meu principe
e adentra a tenda de Mabrouka"

Diz Mabrouka
Mulher feita de sonhos e fantasias.

O principe, se despe da roupa de principe.
E mostra sua beleza de homem.



Então, Mabrouka,
Mulher feita de sonhos e areias
Suspira suavemente.
Criando erisações cintilantes
no corpo do deserto.


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

2013 – CARNAVAL D’ESSO


Sexta-feira (7). Camila, a festejada colunista do Bom Dia noticia minha onça, presente na matinê dos Aposentados. Corajosa jornalista, meu ídolo, que enfrenta maldição da imprensa sobre Esso Maciel.

Sábado (8). Toda tarde, por seis horas montei minha onça para o Sambódromo. Choveu, choveu. Desfile foi adiado. A Onça de Morená urrou de raiva pela noite toda.

No sábado sai em destaque no Bloco do Aquino – "Bauru Sem Tomate é Mixto" – Música de Silvio Selva. Sucesso! Fui  xingado e insultado por todo o Calçadão.

Domingo (9). O maravilhoso Henrique Perazzi de Aquino vem buscar a onça para o Carnaval. Ele e a esposa Ana (ela é do corpo de jurados) levam a fera louca para o auê delirante (sem álcool, nem drogas, nem sacanagem).

O povo aclama, abraça, beija a onça. Pedem pra tirar fotos juntos. Filmam, gravam, gritam, aclamam e até “cantam a onça”, que impoluta, sorri desentendendo.

SÓ DOU MINHA ATENÇÃO E MEU SORRISO PARA QUEM TEM VIOLINOS MÁGICOS.

Contudo, a mídia local ignorou a onça como em outros anos e outras festas. Fotógrafos e cinegrafistas conhecidos olhavam com desdém, desviando o foco. A onça não se importa. Ele mesma se filma, se fotografa. O povo também. Ela não precisa desses profissionais snobs para ter alegria e urrar e zorrar feliz (tem exceções entre eles, e insisto, como Camila por exemplo).

Nosso bonito Prefeito Rodrigo Agostinho,  deixa honrada a velha onça ao se fotografar ao seu lado, acompanhado de sua linda namorada.

Mas, o inimigo com vários rostos olha com raiva meu felino.

E eu cago montes pra eles. E faço figas.

Assim como no ano passado, o inimigo do setor TV, manda pequeno repórter fazer entrevistas deboche tipo “Pânico na Band”. Mesmo sabendo, tiro de letra. Não mostro a bunda, nem planto bananeiras. E falo da onça Morená que está morrendo. Falo da primeira onça de Morená criada por Paulo Keller e confeccionada por Antonio Carlos Meira. Desde então, revivo a onça, ano após ano. Falo mesmo sabendo que não será veiculado.

 

Contudo, os bons profissionais, Tuba e Léa entenderam a mensagem da Onça. E me puseram no ar, entre as estrelas.

Obrigado queridos.