O FILHO DE NETÉLIA
O filho de Netélia agrediu-me de novo na rua. Me persegue há mais de 30 anos dizendo que é meu filho. Quer minha casa, quer dinheiro, quer me abraçar. Que nojo. É um aleijado “AD”, bêbado, drogado, feio, asqueroso.
A família de Netélia toda tem esquizofrenia congênita. Dos 20 aos 30 anos enlouquecem. Uma das irmãs e um irmão mais velho dela foram conhecidos na cidade. Eles agrediam as pessoas com paus e galhos. Nunca tive contato com eles, nunca nem falei com ela.
Tenho orgulho de minha condição sexual. Nasci homossexual andrógeno passivo. Irrita-me acusarem de situações “éteras”. Jamais toquei numa mulher, nunca vi uma vagina de perto. Gosto mesmo é de um belo macho peludo. Infelizmente isso é sinal de muita testosterona. Isso os faz na maioria tão homossexual como eu. Que pena!
Vizinho à casa de Netélia moravam parentes meus que debochavam e lhe falavam que eu era seu namorado. O parente macho era conhecido na região por “pegar” mulheres “AD”. Bem, a moça louca desde menina era “pega” pelos homens da rua. Foi encontrada amarrada pelada em cabanas na beira do rio Batalha. Ela acabou grávida. Os “ADs” enlouquecidos cercavam minha casa com paus e facões para lavar a honra.
Eu, jovem, bonito, com 17 anos, popular, não me preocupava com isso. Fui chamado na Delegacia. A parentela de Netélia cantava hinos na sala. “Deus mandou o moço turco”. O Delegado ao me ver (eu era uma gracinha) me olhou, riu, Você é o pai!!!!!!!!??????. Ri também. Ele dispensou todo o “coral”.
E NUNCA MAIS ME DERAM SOSSEGO.
Um dos irmãos, na faixa dos trinta anos, me perseguia. Queria que eu “desse” pra ele para me livrar do caso da irmã. Ele foi afastado da corporação por loucura. Os outros parentes continuaram me xingando e falando em lavar honra.
Fizeram festa de noivado e depois de casamento. Até porco mataram. Os convidados perguntavam pelo noivo. Gritavam “Deus vai mandar, Deus vai Mandar”. O nenê nasceu, cresceu e enlouqueceu.
E 50 anos depois ainda sofro perseguição por causa disso. O filho de Netélia espalha nos bares e pelo bairro que sou pai dele.
Que merda!
Nem que ela fosse ma linda mulher. Mais parece um bicho sarnento. Tenho pena sim. Mas meu saco está cheio por uma estória da qual não participei, só ouvia falar. Pessoas me hostilizam por causa disto, aumento a maldição sobre mim. Pensei em fazer DNA como me indicaram.
Possivelmente o filho de Netélia não vai querer comprovar a verdade. Vive do status e da ilusão de falar que é meu filho.
Um “porém” me preocupa. Enfurecido várias vezes me ameaçou de morte nas ruas.