No dia 10 ela ficou meditabunda entre as palmeiras do seu oásis. Ele também é miragem. E persiste ao luar. Ela pressente além nas dunas prateadas a figura do seu senhor. Ele canta coisas belas demais. O coração de Mabrouka salta como pássaro liberto. A dor da alegria é tão grande que a sílfide tomba. E morre. De novo.
Pelas ruas tristementes natalinas, ando à procura de Edinho. Vou peidando pelas ruas entre as pessoas tristes e feias. Porque, os velhos reteem gases peidorreiros. São gases que me saem da alma ferida e se espalha nas ruas entre os montros.
Não encontro Edinho. Meu menino se escondeu no fundo do meu coração. Em casa o alarido de vida dos cães. E Yula presa na cela do corpo petrificado. Então eu choro por esse mundo sendo destruido por almas danadas.
De fora vem um cantar de mulher. Abro a porta, ao luar Mabrouka canta pra lua. É um triste lamento árabe. E se esfuma na areia.......
Ansioso espero o fim do mundo no dia 21.
Será desta vez? Será? Será?
Anna Maria Sandri - Viveu Mabrouka em filme europeu em 1956. |
Certos velhos têm gases |
Marla English - Viveu Mabrouka em Legião do Desrto em 1954 |
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