sábado, 15 de dezembro de 2012

Na Trilha de Mabrouka - 15 de dezembro de 2012

Mabrouka, amaria e o principe do principe do deserto se ela existisse. Mas ela não existe.

No dia 10 ela ficou meditabunda entre as palmeiras do seu oásis. Ele também é miragem. E persiste ao luar. Ela pressente além nas dunas prateadas a figura do seu senhor. Ele canta coisas belas demais. O coração de Mabrouka salta como pássaro liberto. A dor da alegria é tão grande que a sílfide tomba. E morre. De novo.

Pelas ruas tristementes natalinas, ando à procura de Edinho. Vou peidando pelas ruas entre as pessoas tristes e feias. Porque, os velhos reteem gases peidorreiros. São gases que me saem da alma ferida e se espalha nas ruas entre os montros.

Não encontro Edinho. Meu menino se escondeu no fundo do meu coração. Em casa o alarido de vida dos cães. E Yula presa na cela do corpo petrificado. Então eu choro por esse mundo sendo destruido por almas danadas.

De fora vem um cantar de mulher. Abro a porta, ao luar Mabrouka canta pra lua. É um triste lamento árabe. E se esfuma na areia.......
Ansioso espero o fim do mundo no dia 21.
Será desta vez?  Será?  Será?

Tomara.......


Anna Maria Sandri - Viveu Mabrouka em filme europeu em 1956.

Certos velhos têm gases



Marla English - Viveu Mabrouka em Legião do Desrto em 1954


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