sábado, 29 de março de 2014

A NOITE DE MABROUKA - 20/03/2014

Zero hora no deserto arábico. Mabrouka envolta em mantos verdes geme baixinho entre almofadas de seda. Não dorme. O corpo virgem clama por seu príncipe. Ela nunca sentiu a lança do guerreiro perfurando seu baixo ventre.

Na tarde estivera com sua irmã onça, à beira do lago no oásis verde e azul. Ambas belas e insatisfeitas. De sua tenda de cetim, agora ela via o perfil do felino, iluminado pelo luar faiscante entre as palmeiras.

De repente ouve o grito agoniado do animal. Mabrouka se ergue e vê o vulto majestoso do Príncipe do Desert; nas mãos a espada cintila. Tenta golpear o animal! Loucura! A onça grita, a moça também. - Não, meu príncipe! Se matar minha irmã onça, morrerei também.

O braço poderoso do príncipe se imobiliza, seu olhar também, fixo em Mabrouka. Ele está em batalha com violento "Djinn". Então o homem moreno percebe o olhar de Mabrouka que se fixa no seu entre pernas. A moça extremece diante da visão do volume enorme entre as coxas possantes do macho. E os dois sabem que a realidade do sangue é mais forte que o véu frágil dos sonhos e a língua dos profetas.

 

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