quarta-feira, 24 de julho de 2013

AQUELA FLOR - 21/07/2013


Reencontro no balcão da Cherry Fotos com as irmãs Lais e Sueli. Amigas de minha primeira infância na Rua São Vicente. Estava no balcão quando a senhora simpática me encara e fala: Você é o Edinho? Ela me disse 65 anos depois. Essa é Laís que era chamada na época de “polaca”. Ela chama a outra – Suelí – que chega efusiva como na infância. Década de 40 Sueli era morena, esguia e saltitante. Laís, a polaca tinha cabelos entre ouro e prata e olhos dourados. Duas bonecas que Edinho adorava. As mães nos levavam aos programas de auditório da PRG-8. A gente margeava o rio ao lado do bosque e subíamos o morro da Bela Vista onde no auditório Cira de Oliveira e Hélio de Aguiar comandavam o sucesso da emissora. No palco o irmão mais velho das meninas chamado Valter exibia os grandes olhos claros enquanto cantava  “Aquela Flor”. Todo programa ele cantava a mesma música. Decorei. “Aquela flor que você me deu, eu guardo ainda no peito meu.....” Então eu sentia a alegria de minha mãe ao meu lado quando era anunciada a estrela do programa. Seu filho Wilson que cantava as canções de Bob Nelson. Boi Barnabé, a mais famosa. Uma pequena alegria de flores e bichos num tempo em que a vida ainda tinha caminhos verdes de esperança. Me fotografei com as irmãs Laís e Sueli. Sobreviventes que somos de um tempo em que existia mais amor, animais, flores e gente.

Aquela flor.
Sueli, Esso e Laís - Reencontro

Sueli, Edinho e Lais - As crianças da Rua São Vicente 65 anos depois

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