Encontrei Luizão no Ginásio. Eu sentava sempre ao lado dele.
Alegre, educado, bonito. Lembro da camiseta de listras azul, branco e rosa. Ir
às aulas era uma alegria por causa disso. Na época era perseguido sexualmente.
Eu vivia amedrontado e triste por ser polêmico e debochado, mas o Luiz era meu
amigo e me respeitava sempre. Me chamava de garotinho e ele também era um
garoto. Aos sábados, “bon vivant” que era, fugia das aulas cantando. Eu o ouvia
saindo pelo pátio ao encontro dos amigos e para as noites. Ele se preocupava
comigo, com o que faziam comigo. O escândalo do caderno negro não modificou sua
atitude para comigo. Os anos se passaram e raramente a gente se via. Fui
encontrá-lo numa casa de oração onde ele exercia um trabalho de caridade. E
sempre meu amigo, apesar de já estarmos então além do ano 2000. Agradeço a Deus
por essa amizade. Eu sempre o chamei de The Young Lion. Ele dizia não gostar de
ser chamado assim, mas era um jovem leão para mim. E continua sendo a nobreza
de um leão. Coisas de Deus....
Nenhum comentário:
Postar um comentário