sexta-feira, 22 de agosto de 2014

DESESPERANÇA - 20/08/2014

DESESPERANÇA


Sem brilho os olhos
Secos de glória
Já não sabe sorrir

A tênue mancha de verde pinça seus dedos cansados.
A cor ardente corrói suas gengivas num arremedo.
(Sente medo o ínfimo estelar)
(E isso até parece vida!) - MEDO
Por isso ao entardecer, abre todas as janelas
“para que a noite adentre fácil” – explica.
           “e não me machuque” – E chora

Observa as sombras tristes em volta.
Também chorou muito quando perdeu as asas...

E diz: “Vaguei mil anos irmãs
             E não me encontrei  jamais.”

Agora
Às vezes estremece entre as sombras esquivas.
 Já não chora

Ao amanhecer, acorda no coração querido,
                            O lup dup ferido.

E diz: “Vaguei três mil anos irmãs
             E não me sei mais...

Esso Maciel
20 de agosto de 2014.


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