Vejo na praça lampiões dourados.
O povo de Queluz é alegre, terno.
Bagunceiros como cães novos.
Os homens de Queluz são esbeltos e elegantes
Empertigados como soldadinhos de chumbo,
expõem sua hombridade nos bancos do jardim.
As mulheres de Queluz são deafanas como ninfas de Visconti.
Ou misteriosas como as mulheres de Lautrec.
Minh'alma alvoroçada se enternece nas ruas floridas de Queluz.
Então me encontro e tantaliso-me entre os homens azuis da Vivo.
(ali, em Queluz).
Os rapazes e moças de Queluz têm faces rubicundas
Um "que" de europeu nas róseas maçãs dos rostos,
Eles adoram trazer seus gatos e cães para a praça.
Espero. Lá pelas tantas a bandinha de Queluz surge impávida,
Mícia e esparge valsas, minuetos e músicas dos Beatles,
E eu, embora encantado, sinto-me ir diluindo em cores pastéis.
Então, da torre abençoada da igreja começam ressoar as 12
E tenho de voltar ao meu redil.
E o povo de Queluz, gente!! Cantando lindo e alto
Vai virando em anjos, em fadas e poesia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário