sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

SALÃO GRENAT - 23/12/2011

Suntuoso Natal.
Eu adoro o Natal, mas quase nunca tive em criança. Sendo filho do pós-guerra, a pobreza circulava entre a gente. A mãe fazia milagres para alimentar a família, Edinho e os quatro filhos do primeiro casamento. Ela me ensinou a não querer e a não pedir nada porque não teria também para os quatro órfãos. CrescÍ sem ambição. O que foi muito bom.


Alegria de Natal

A ilusão de papai Noel, o parente “quatro” tirou-me aos cinco anos. De repente hoje o Natal bate colorido na porta da minha tristeza. Membros da família Souza trazem-me frutas e presentes e sorrisos carinhosos. Conceição e Aparecido de Souza trazem a alegria escolhida péla irmã Luiza.  Luiza tem sempre pressa em me presentear. São dez irmãos, entre homens e mulheres e anos e anos de ternura para com Edinho. Eles estão me dando as alegrias do Natal há muito, muito tempo. Desde quando a matriarca Dona Irma Milanezi de Souza comandava as ofertas de alegrias para o Esso. Ela ainda está conosco. Sempre.

Presentes da Familia Souza e Amigos
Amanhã há noite estarei com eles. Rara opção minha de convívio.
Porque nunca tive família. A única sensação de carinho familiar foi me dado por minha mãe, Severina Ester Antunes Maciel. E minhas queridas tias Zulmira e Ester Antunes Maciel. Elas compensam até hoje o meu  estado de solidão. E não preciso mesmo de mais ninguém. Por família, tenho os Souzas, a família Souza. E também o amigo Antonio Carlos Meira e esposa Sandra Sampieri Meira que me acolheram em tantos Natais e Anos Novos deslumbrantes.

Haverá Esperança Ainda
Eu tenho Natal o ano inteiro através das mãos do “seu B...” que digita Salão Grenat e outras elocubrações minhas, já que minha neurologia não permite eletrônicos. Ele viaja comigo pelos caminhos da minha vida, com infinita paciência. Isto também é Natal.
Natal me deu a TV USC, (né Palú?), veiculando dias e dias e dias e dias o meu trabalho  em USHER e entrevistas na TV USC. Os jornais boicotaram o evento como fazem sempre com tudo que realizo “E eu sei porque”. Não preciso deles mesmo. Continuo talentoso, criativo e anunciado acima. Que tenham também um feliz Natal.
Contudo, a incrível equipe da TV USC composta de eficientes gatos e mulheres gentis sem nem eu saber, me jogam nos festejos natalinos e o povo me telefona, aplaude, me param nas ruas, me abraçam, me beijam. Alguns me agridem. Mas dá pra entender porque, não é?
Feliz Natal a todos os meus tesouros da TV USC.
E principalmente o Natal me veio neste dezembro através da vizinha Fátima e da Drª Izabel Garib, que salvaram Perdita, minha dileta filha para a noite de Natal. Que tentaram desesperadamente salvar a pequena PEG e que agora me ajudam a cuidar do órfão sobrevivente. Tininin representa uma esperança futura, uma alegria a mais. Elas me deram isso. Muito obrigado.

Tininin, Meu Anjo de Natal
Amanda e Cida, batalhadoras de uma ONG redentora, trazem-me conforto espiritual além de remédios, alimentos para a cachorrada e para mim também. Mariana Zuicker e as outras me deram uma nova geladeira (a minha tava podre), uma panela elétrica e outros bens materiais. Presentes de Natal, NE?  Agradeço e agradeço mais pela gentileza comigo.
Agradeço também por não verem em mim a criatura maldita que a cidade me rotula. Elas nem sabem.  Obrigado.
Eu acho que tudo relatado aqui trouxe o Natal para dentro do meu coração.
Agradeço ao aniversariante por me dar essa mãozinha.
Feliz Nata, gente.

2 comentários:

  1. Fiquei muito contente em te conhecer através da TV USC e do blog, li seu conto "Flores" por volta de 1979 em um jornal que veio da feira embrulhando tomates, gostei tanto que decorei inteirinho, bendita internet que me fez conhece-lo agora. Também amo animais.

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  2. EM e sua inseparável "máquina de tirar retratos".
    Vivendo de puro coração e total irreverência.
    De unhas verdes e olhos cor do mel.
    Dilacerando o paradigma judaico-cristão como afirma pode e quer. A explorar minha paixão equivocada, minha fé ancestral e minha dor em segredo ao limite do quase constrangimento público em busca do "retrato perfeito". Sem ponderação, sem rodeios. Usando da coragem, da ânsia e de ternura. EM e sua inseparável máquina de tirar retratos de beija-flores que lhe beijam os olhos. Um presente de natal.

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