terça-feira, 13 de dezembro de 2011

SALÃO GRENAT – DEZEMBRO 2011

E lá vem o Natal.......
Pessoas me olham estranhamente quando me queixo que meu pé e mão estão feridos porque a TV está veiculando minha imagem há uma semana.
Faz calor tremendo. A sensação térmica ataca as veias da minha cabeça. Dor! Dor! Dor!

O sábado está repleto de gente agitada. De tristeza. PEG morreu na quarta-feira. Morreu dormindo, como pedi a Santa Maria e Omulu. Eu a plantei no jardim, ao lado de Rita e Manacá. Perdita salvou-se do câncer, operada pela Drª Izabel Garib. Fomos apoiados pela vizinha Fátima que faz tudo para salvar meus filhos. E quer salvar a mim também. Não sabe que já estou perdido. Morto em mim.
E lá vem o Natal. 
Deuses! É um atrás do outro. Não dá tempo nem de desarmar a árvore!  Tento ajeitar a casa repleta de cães e lembranças. Cheia de trastes do T.O.C. . Tem to me encontrar nas ruas, e fugir da dor no corpo e na mente, exausto. Pessoas gritam dos carros: - Te vi na TV! Outras me param entusiasmadas pela vida, acham demais minha imagem louca no vídeo. Sorrio e sigo.
Calor, calor! Ardência no alto da cabeça. Vontade de morrer!

Mas não posso morrer, por causa dos cães. E também da esperança que um desses natais me tragam o consolo do Cristo. Quero morrer! Escapar dessa miserável condição humana. Gente agita se dão encontrões na rua. Gritam alvoroçadas. São uma gente feia. São disformes, são tristes. Estão alucinadas por ter prazer Querem luzes, cores, luxos, iguarias, presentes. Querem o que eles acham que é viver. E NÂO TÊM. E ficam obesos por comilanças venenosas e bebelanças ordinárias. E ficam mais feios, mais tristes e malcheirosos.
Eles fedem (dizem que eu também por causa dos cachorros). PEG está criando raízes no quarto dia. Já deve estar com o Perfume da terra. Cheia de vida na agitação dos vermes, não quero chorar mais.

Lá vem o Natal. E me dá pena a agitação do povo. O desespero da carência nas caras feias. Embrutecidas, desencantadas. Me dá medo. Não encontro nada do aniversariante nessa preparação natalina. Ninguem lembra do bem nascido. E nem dá mesmo.
Apenas a procura do prazer envolve essas pessoas, que não encontrando prazer, ficam violentas. Assassinas (vide a mídia). E lá vem o CRACK, o álcool, a cocaina, o estupro, a pedofilia. Tudo é a busca do prazer. É uma pena a morte de tantas mulheres lindas que a TV mostra. A frustração por prazer mata o pouco de beleza que ainda temos. Ontem, sexta, fui á minha igreja. Aturdido vejo a boa amiga em desespero por causa da mediocridade testosterônica dos machos. Tento consolar. Tento. Sinto o calor do planeta luzinando. Morrendo por causa da força da testosterona criando o Armagedon.  Essa coisa que faz desesperar a amiga que tento consolar. Então vem a outra, proclamando que embora eu não fale com ela, eu estou na TV há uma semana (?). O marido bonitão me olha frio. E o outro, um anão feio e mirrado me olha com raiva. E outro ainda começa gritar comigo. Fujo dalí aos tropeções. Zonzo, caio no meio das ferragens destorcidas do Confiança. Firo mão e pé. Meu sangue salta longe como um derrame.   A revolta contra mim, esse não sei o que enlouquecido das pessoas me pegando. Tento escapar. Não posso. Sangro. E em poucos dias vem o Natal.

Novamente milhares e milhares de pessoas morrerão massacradas, violentadas, entoxicadas pela busca inútil do prazer. E ninguém lembrará o aniversariante, embriagadas pela busca de rosas e vinhos.

Na caixinha ao lado de minha cama, vejo o filhote de PEG que ficou pra mim cuidar. Ele ergue a patinha e gane suave. Quer papar. Me lembra um pequeno e lindo Jesus criança. Vou preparar a mamadeira e penso: -Quem sabe desta vez será diferente. Quem sabe a luz de Deus me liberte de todo este horror. Quem sabe.

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