terça-feira, 30 de abril de 2013

MEDO NO NOSOCÔMIO - TRATANDO DE DENGUE

Na sala de espera, uma menina começa a gritar na minha frente, estentória. Fujo. A menina vem atráz. Peço pra mãe afastá-la de mim. Furiosa a mulher reclama para o Segurança que fica injuriado. Chamado à enfermaria, um menino alucinado avança sobre mim gritando e debochando. A familia dele não ligou.Fotografo o menino pra mostrar ao meu médico como prova. O Segurança vê a luz da câmera e me acusa de ação contra o Hospital. Me levam pra uma sala. Aí conto a história das crianças. Eles apagam as fotos da máquina. Passo mal até às 2 horas da manhã. Quase morri, mas apoiado pela vizinha Fátima estou reagindo em Deus.
Espero que a pesada mão de Deus caia sobre aqueles que me perseguem.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

DE COMO SER MALDITO - 17 de abril de 2013

NO GINÁSIO
Estudei no IEEM (ginásio do Estado). De grátis, mas disputado pelos filhos da elite. De princípio me tornei notório por andar sempre de preto e com guarda-chuva, pelas minha redações, poesias, desenhos e atuações no teatro da escola. Professores abriam exceções para mim. Professor de ciências deu-me redação de português como prova. Teve que dar pra classe toda. Isso aumentava meu carisma e polêmica. Durante a aula de ginástica sofria bulling dos alunos “bem nascidos”. Pulei o muro e fugi para o noturno. Me tornei o rei da noite, o caminho do inferno.
COLÉGIO
O CADERNO NEGRO
Durante o primeiro clássico vivia isolado da maioria. Dois alunos faziam passeios de carro após as aulas. Um padeiro gordo feio, já adulto. Um Loirinho mirrado, míope e sem graça. Me levam pra um passeio numa dessas noites. No caminho os dois só falam da vida alheia, da sexualidade alheia. Explico não me interessar pelo assunto. Homossexuais, lésbicas e putas eram o que eles falavam de outros alunos. Num local ermo a luz dos faróis eles dançam e se abraçam (o padeiro dizia amar o loirinho mirrado). Cansado do ridículo pedi pra ir embora. A maldição começou aí.
Os alunos das três classes passaram a me hostilizar dizendo que eu falava da sexualidade deles. Peço para discutirem entre si sobre quem lhes falou de mim. Eles chegam no loirinho mirrado. Uma das alunas me explica que o menino tinha problema com o pai e a mãe sobre sexo. E era sociopata. Bem, o pessoal fica do meu lado. O casal furioso espalha pela escola inteira que eu falava do sexo de todos os alunos e dos professores também.
Numa reunião em classe, feita pelos alunos, vira tumulto. O casal chora abraçado, vítima. Fico á beira do linchamento. Todos na diretoria. O diretor manda o loirinho calar a boca e impõe um regime de “perímetro proibido” na escola e na vizinhança. Quem viesse acusar seria expulso. Ele me explica saber que o casal era demoníaco e que isso chegou à sala dos professores.
Alunos da época que sabiam da minha inocência, na hora de testemunhar ficavam contra mim poupando o loirinho mirrado e fraco. E contra Esso, todo de negro e guarda-chuva, todo imponente.
O colégio ficou dividido. Pró e contra Esso. Professores e colegas que me conhecem me defendiam. Outros me mandavam recados ameaçadores. O loirinho, cheio de ódio, me falou que iria me destruir. Quase conseguiu. A história se alastrou ampliada pela cidade. Falava-se em carros lotados de moças e rapazes, pelados, fazendo rituais satânicos nos ermos da cidade. E que eu chefiava tudo isso. Professores me maltratavam em classe enquanto o casal chorava abraçado. Professores que me defendiam eram acusados de obscenidades. Fiquei emporcalhado.
Voltei para a manhã. A marca do mal me acompanhando. A diretora me prendia no banheiro. Alunos tinham medo de mim. Alguns continuaram como amigos. Mas essa coisa ruim impediu por anos que eu arrumasse emprego na cidade. Familias me impediam de ter amizades com os filhos. Essa coisa do tal caderno negro me persegue até hoje. Os descendentes do pessoal daquele tempo me perseguem até hoje. Tempos depois o loirinho me conta porque fez isso comigo, o que ele queria de mim.
Nessa época carros me perseguiam e subiam na calçada pra me atropelar. Desconhecidos me agrediam. Telefonemas me assustavam nas madrugadas. Um filme de horror por uma paixão de doentes.
NOTA: Caderno negro foi o nome data pelo loiro sociopata aonde eu registrava todos esses fatos. O caderno foi roubado de mim e houve quem falasse em Caderno Marrom, Amarelo, Vermelho.  Um carnaval de loucuras pra me enlouquecer. Mas eu resisti, até hoje. Deus do meu lado.

FACES DO MEDO - 16 de abril de 2013

FACES DO MEDO
De Morrer – 16 de abril de 2013
Estou morrendo. O que é natural e necessário. Mas estou com medo agora. Desejoso de morrer desde os cinco anos, chego à beira dos cem, carregando a miséria da condição humana. Exausto de medo carregando sozinho, por opção, a minha morte nos corredores sombrios da Casa de Usher.


A Grande atriz Cleyde Yáconis morreu ontem aos 89 anos. Eu a conheci gloriosa quando ela tinha sessenta. Uma pessoa magnífica. Não haverá substitutas.

Sorte mesmo, gente, foi a de Marylin Monroe que partiu jovem deixando quase eterno seu mito de beleza e carisma. Insubstituível.
Enquanto eu como tantos enfrenta a miséria orgânica de ser gente, cheios de dores e decadências, rolando para a cova e para depois da cova.....
Então dia 18 vou ao ISLAN e gritarei lá meu MEDO

quarta-feira, 10 de abril de 2013

AS ESTRELAS E EU – ELOY SIMÕES – DZI CROQUETTE

Elóy Simões morreu em Amsterdã. Fomos colegas aqui na cidade. Acompanhei sua carreira em São Paulo e no Rio. Um doce de pessoa. Minha primeira matéria no jornal em 73 foi com Elóy e Cida Santana. Página inteira de beleza. Quando voltou da Europa já Dzi Croquette famoso fiquei com ele um mês. Com ele e com o grupo Louco de Dzis. A grande mãe Lennie Dale tornou-se meu amigo. Foi nas apresentação na famosa Boite New Tonton. Foi ali em noite de estréia que Rogério D’elia, o mais belo manequim do Brasil, veio falar comigo. Ficamos amigos para sempre. Morreu num acidente de carro. Em visita à cidade, em baile de carnaval no BTC, fomos colocados pra fora pelos seguranças. Não fazíamos nada, apenas éramos deslumbrantes demais, para as cabeças deles e de outros mais. Elóy morreu em Amsterdã, mas dele ficou inolvidável  nos caminhos da memória. Sua imagem persiste na internet e no meu coração.







sexta-feira, 5 de abril de 2013

AS ESTRELAS E EU – GUSTAVO LOURENÇO (GUSTÃO)

Gustão fez o filme A Casa Assassinada  do diretor Sarraceni. Ele e Norma Bengel fazem mãe e filho incestuosos em cenas de cama inolvidades. No ginásio eu ficava fascinado vendo o adolescente Gustão chefiando sua turma na cantina. Pele de bronze, olhos verdazuis, cabelo queimado de sol. Um leopardo pronto para o bote.
Já adultos e o vi às vezes nas noites, nas baladas. Belo, belo. Numa dessas festas, ele me coloca e o meu amigo Egas em seu carro e saímos pelas estradas. Eu atordoado ao lado do meu ídolo. Não lembro o que aconteceu depois. Só sei que ele se desgastava entre rosas e vinhos. Foi murchando. Drogas, bebidas. Virou um arremedo de si mesmo. Já no fim, eu o encontro numa mesa de bar. Me aproximo e falo dos meus anos de admiração por ele. Não mais agressivo, ele parece suave e até sorri. Reconhece que está no fim. Dias depois morreu.


AS ESTRELAS E EU – NEY MATOGROSSO

Dizem que pareço Ney Matogrosso quando viro onça. Isso é bom. Admiro Ney, o pequeno lobo. Estive com ele em se quarto de hotel quando fez o Show BANDIDO. Comigo estavam Egas Willian Berbert  e o jornalista e professor Sergio Lhamas. O Ney à vontade na cama, exibindo toda sua bela pelagem. Um cara cabeça, um cara legal. Foi um prazer conhecê-lo. Não pude ver o show no dia seguinte, pois fui internado às pressas pra morrer. Sobrevivi para ver o Ney que continua brilhando. Superstar.

AS ESTRELAS E EU – IAN SOMERHALDER

Ian é o maravilhoso vampiro da TV. Estou apaixonado por ele. Compro revistas, DVDs sobre ele. Gostaria de poder estar com ele pessoalmente. Ele me lembra meu lobo favorito, João Felpudo. O cara que desestruturou meus sentidos após meus sessenta anos. Como viram, é um caso de paixão entre eu, o lobo e o vampiro. Ian Somerhalder, querido, my dear. Me mada uma foto autografada urgente. E receba todo o meu carinho por sua beleza e talento.