Eu o via passar na Av. Rodrigues Alves onde ele morava.
Parecia um príncipe dos Balcans. Os olhos verdes rebrilhando ao sol. Fui
encontrá-lo no Colegial Clássico. Ele, eu, Meira e Sandra e Salomé formávamos a
turminha lá de traz. Numa aula de inglês, o Meira e o Orlando colocaram 122
apelidos em mim, dando gargalhadas. Eram os reis do deboche. Eu agüentava por
gostar deles. Os apelidos eram títulos de clássicos portugueses. Eu e Orlando,
depois das aulas, íamos para sua casa na avenida. Rita, sua linda mãe e Julinho
o gentil irmão nos recebiam felizes. O tempo a amizade firmou-se. Orlando fazia
planos homéricos comigo. Era para juntos estudarmos todas as ciências até
chegarmos às alturas de Deus. Eu, ele, sua mãe Rita mais minha mãe Severina
íamos sempre juntos ao cinema. Lembro da noite de “O QUE ACONTECEU COM BABY JANE?”,
filme de Betty Davis. Foi um tempo de muita alegria, muita ternura e muita
loucura.
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