“A Coisa” de
Beatriz Segall
Estou piorando. “A
Coisa” agora me pega até as 11 da noite. Já não posso sair até na calçada.
A energia dos humanos me causa dores e mal estar.
NÃO ATENDO O PORTÃO.
As pessoas me fazem muito mal. Peço aos amigos que telefonem
antes de vir.
Aonde quer que eu vá, aparece o homem trovejante ao celular.
Ou aparece o homem gordo gritando. Ou a mulher de cheiro forte. Todos me causam
dor e mal estar. É um inferno. Me tranco em casa.
O BRASILEIRO ARROTA PERU.
O luxo e a mordomia oferecida aos estrangeiros na Copa é
assustador, inacreditável. Nós brasileiros, na maioria, jamais teremos chance
de usufruir tais coisas.
Então, fugindo do ser humano e sua energia nefasta, na
maioria, fico com dores, espasmos, tonturas, náuseas e desesperos. Se eu não
passasse mal com a energia humana, eu não estava nem aí, seria até feliz, mas o
veneno humano me pega.
Contudo, sinto falta de Egas Berbert, de Sandra Sampieri, de
Mara Gião. Gente bonita, inteligente e suave.
Se todos fossem como Beatriz Segall, nossa célebre estrela
da TV e do Teatro, o mundo seria melhor. Ele é bela, culta, suave e refinada.
Ela seria o modelo ideal para nossa espécie humana, medíocre, pequena e
violenta.
BEATRIZ SEGALL - Um Exemplo Para o Mundo |
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