segunda-feira, 28 de julho de 2014

SALÃO GRENAT - AS CORTINAS DE FEDRA - 3ª Parte

A presença de socility nos ensaios de Fedra aumentava a fama do evento. Então começaram desentendimentos entre o pessoal de São Paulo e os de Bauru. Também aconteceram namoros e paixões, como o caso do elemento da capital apaixonado pelo ator da cidade. Os ensaios eram divididos em 3 turnos, manhã, tarde e à noite. Naquele sábado a rainha do carnaval, Cida Santana nos convida, eu e o Meira para a festa de aniversário em sua fazenda. Tendo meu turno só às 19 horas, fui para a festa. Me divertir muito ao lado de Kim Daves, e Déia de Carvalho. À noite, ao chegar para o ensaio, o diretor me chama e alega que eu tendo faltado de dia estava fora do grupo. Os outros me defenderam que eu só tinha ensaio à noite. Não adiantou pois ele queria mesmo se ver livre de mim. Fui saindo à beira do pranto. Então ele manda o elenco subir ao palco e todos se recusaram e gritavam que seu fosse embora todos iriam também. O diretor me chamou de volta e me deu mais dois papeis. Dessa vez comprovou-se que amor e carinho são mais fortes que a raiva. O dia da estréia, enorme sucesso. Casa lotada com nossa melhor sociedade. Muita alegria. Na segunda apresentação, no domingo, vi alguém dirigir-se à portaria e conversar com o porteiro. Fiquei sismado. À noite dessa segunda apresentação o público não veio. O elenco se abraçava e chorava. Então eu fui até o porteiro e perguntei sobre a pessoa que eu havia visto. Ele confirmou que ela mandou avisar ao público que não haveria espetáculo. E Fedra morreu atrás das cortinas da carência humana. Nunca revelei que foi, até hoje. E até hoje me dói lembrar disso.






























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