O ABISMO – 13/03/2013
Minha síndrome causa dor e mal estar geral terríveis. Sobressaltam em sons e movimentos fortes e também a sensação térmica das 15 às 20 horas e ainda forçar a vista durante o dia: Crises.
Estando melhor decido ir à reunião terapêutica. No ônibus o motorista mirrado, feio começa falar gritando a viagem toda. Marteladas na minha cabeça. Chego na reunião alterado. No depoimento de 10 minutos encaro os companheiros. Descarrego minha revolta. Falo que sou elitista e escolho 3 ou 4 pessoas para ter amizade. Que desprezo 80% dos seres humanos por sua violência, egoísmo, mediocridade, ignorância. Isso independente de status social ou monetário. Os companheiros me encaram. Explico não ser melhor, mas superior ao messaber quase ninguém, insignificante. Encarei o abismo e o abismo me encarou de volta.
Em casa passo mal. A síndrome me leva ao Pronto Atendimento. Não é bom encarar o abismo.
BRINQUEDO PROIBIDO
Desde menino queria ver o filme de René Clement. Durante a guerra pessoas correm do bombadeio. A menina (Brigith Fossey) carrega m cachorrinho cheia de amor. Ele foge para a ponte. Ele corre atrás. São metralhados. Os pais morrem. O cachorrinho tombado estremesse as pernas. Pensei: deram drogas para fazer a cena. Outra mulher retira o cachorro da menina e joga no rio. Aí entrei em parafuso. Maldito diretor que arda nas chamas do inferno! Que tenham varizes no cú todos os cineastas malditos que sacrificam animais em nome da cultura.
Em filmagens na Sinagoga do Zé do Caixão peguei e fugi com um gatinho que ia ser devorado vivo num ritual satânico. As pessoas devoraram cobras em conserva. Os descendentes do gatinho devem existir ainda, 50 anos depois.
Acompanhei a carreira de Brigith Fossey até recentemente, bela e talentosa. E me pergunto se a menininha de 5 anos que foi não sofreu ao fazer a cena com o lindo cachorrinho morto. Por isso, me apeguei à essa atriz por todos esses anos.